A pandemia da Covid-19 tem causado grande impacto nos trabalhadores. A falta de relacionamento interpessoal e do trabalho presencial afetou a vida das pessoas e tem mudado completamente suas rotinas. Dentro deste cenário, temas como excesso de trabalho e saúde mental ganharam destaque no RH das empresas. 

O chamado “novo normal” trouxe novas formas de relação entre empresa e colaboradores, e o home office tornou-se a principal estratégia das organizações. Porém, em meio a tantas mudanças, o medo se instaurou com alto percentual de desemprego desde a chegada do coronavírus, trazendo consigo danos emocionais à saúde mental, pauta que se tornou ainda mais relevante. Continue a leitura!

O que é estresse?

O estresse é um aspecto psicofísico que afeta a conduta da pessoa. Isso acontece por um dispositivo de defesa, que é ativado por nosso corpo sob circunstâncias ameaçadoras – como acontece em momentos onde os níveis de estresse são elevados, muitas vezes pelo excesso de trabalho – liberando hormônios em reação à ameaça provocada à saúde.

Isso significa que o corpo se prepara para as reações instintivas possíveis, seja lutar ou fugir. Porém, quando existe trabalho em excesso, a pessoa não está reagindo  como o corpo gostaria, desequilibrando os níveis de hormônios, causando danos ao indivíduo.

Qual é a relação entre o excesso de trabalho e a saúde mental do funcionário?

Segundo uma pesquisa realizada pela Northwestern National Life, 25% dos entrevistados consideram o ambiente de trabalho como o fator principal do estresse. Essa estatística mostra que isso pode acarretar em diversos problemas na empresa, gerando um ambiente conflituoso e de pouco rendimento por problemas de saúde mental.

Um dos principais motivos para o agravamento desse problema é a falta de atenção dos gestores para administrar a situação e saber lidar com as circunstâncias em que os funcionários se encontram sobrecarregados. Por isso, é essencial investir no conforto e na saúde mental dos colaboradores.

É importante que a empresa não se atente apenas no aumento de produção, pois isso pode gerar uma pressão desequilibrada sobre os colaboradores, gerando estresse, o que ocasiona a queda de produtividade e perda de funcionários.

Durante a pandemia, esses níveis de estresse no ambiente de trabalho aumentaram expressivamente, pois as empresas precisaram se adaptar a uma nova realidade. Muitas delas precisaram cortar orçamentos e reduzir salários, gerando desespero e impacto à saúde mental dos profissionais, refletindo nos resultados das organizações.

Esse problema, somado às intensas cobranças do mercado, levou muitos trabalhadores a desenvolverem problemas emocionais e psicológicos.

Um problema que pode ser causado pelo impacto do excesso de trabalho na saúde mental é a Síndrome de Burnout. Trata-se de um distúrbio determinado por sintomas de exaustão, dores de cabeça, dificuldade em se concentrar, pressão alta, dores no corpo, além de outras diversas complicações que causam impactos negativos à pessoa.

Pensando nessa realidade, empresas ao redor do mundo buscaram olhar por uma perspectiva diferente, zelando pelo bem-estar de seus funcionários, enxergando o cuidado com os profissionais como uma peça fundamental para o sucesso dos negócios, já que em um ambiente de trabalho saudável, é natural que haja um alto nível de rendimento e resultados.

Qual é o impacto do home office e da pandemia na saúde mental do colaborador?

A pandemia trouxe a necessidade das empresas aderirem ao trabalho remoto devido à quarentena. Longe do ambiente da empresa, alguns funcionários souberam se adaptar e administrar bem suas funções, o que gerou benefícios a sua qualidade de vida e rendimento profissional.

Porém, essa não é a realidade de todos. Segundo pesquisa realizada pelo LinkedIn com profissionais em home office, 68% dos entrevistados estão trabalhando uma hora a mais por dia e 21% até quatro horas a mais, 62% dos profissionais mencionados estão mais estressados com o emprego após a pandemia.

O trabalho excessivo aumenta o risco dos trabalhadores desenvolverem doenças como, hipertensão e diabetes, além de síndromes e transtornos, como a Síndrome de Burnout, já citada aqui. A saúde mental é diretamente afetada pela rotina pesada e longas jornadas de trabalho, podendo causar ansiedade e depressão.

Cuidados necessários

As empresas possuem um papel importante na saúde mental do colaborador. É previsto por lei, no artigo 7º, inciso XIII, da Constituição Federal de 1988, que a duração da jornada de trabalho não pode ser maior que oito horas diárias e 44 horas semanais, assim como o tempo de intervalo para alimentação e descanso, sendo primordial que sejam respeitados.

Portanto, a empresa deve buscar proteger o colaborador e criar um ambiente de trabalho saudável e seguro, promovendo a valorização profissional e dignidade.

Algumas estratégias podem ser adotadas para promover o bem-estar e elevar o rendimento da equipe de profissionais, como incentivar e reconhecer os esforços dos colaboradores com programa de bonificação e prêmios, assim como bem respeitar os limites de cada indivíduo, tornando o trabalho mais equilibrado.

Em casos de sintomas que apontem para o excesso de trabalho, é importante prestar auxílio ao colaborador, procurando o acompanhamento de um profissional de saúde.

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